data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert
O setor de locações, que já registra um aumento na demanda, em Santa Maria, desde o início do ano, está com expectativas positivas com a retomada das aulas presenciais também da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Esse momento de retomada deve estar acompanhado por negociações em contratos, ainda mais em um panorama em que a tendência é de que os valores dos aluguéis não reduzam, se mantendo ou até apresentando elevações. Isso decorre de pontos como as características do ramo imobiliário na cidade.
Durante o período com aulas remotas, no que se refere aos imóveis de um quarto, voltados a um perfil mais estudantil, foi percebida uma maior desocupação. Ao mesmo tempo, de acordo com Liziane Stangarlin, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Edifícios em Condomínios Residenciais e Comerciais de Santa Maria (Sindicato da Habitação do Centro Gaúcho), houve casos em que contratos de aluguéis seguiram sendo mantidos, mesmo com os moradores não estando na cidade.
- Clientes continuaram pagando o aluguel, mesmo o aluno não estando aqui. Imagino que eles acreditavam na retomada nas aulas, só não esperavam que fosse bastante tempo, dois anos, mas eles continuaram pagando aluguel e renegociando valores para mantê-los, mesmo fechados. Por estarem bem localizados, muitas vezes, não foram desocupados, mas já está voltando com bastante procura novamente - comenta a presidente do sindicato.
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Em relação aos contratos ativos, a presidente afirma considerar importante que os proprietários de imóveis considerem as propostas de negociações até para mantê-los locados, com um valor que fique interessante tanto para o locador quanto para o locatário. Isso em um panorama com a disparada do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), que figura como um dos principais indicadores ligados ao reajuste de aluguéis e que chegou a 37,04% em 12 meses anteriores a maio deste ano.
Quanto aos preços dos aluguéis, o que se visualiza é que os mesmos devam se manter ou até mesmo entrar em elevação considerável, dependendo da localização do imóvel e das características em geral.
- O pessoal é investidor, então, trabalha com isso, recebe disso e não vai ter baixa de valores, pelo contrário. É uma regra de mercado. Quanto maior a demanda, maiores serão os preços. Não acredito em uma redução de valores, e sim se manter e um aumento maior, inclusive - explica a presidente.
Além disso, Liziane Stangarlin, cita que negociações em contratos podem até contar com bonificações, por exemplo, mas será mantido um valor adequado para quem tenta investir na cidade.